FAMÍLIA ALENCAR VIDA E BRAVURA

           Documentário sobre a Família Alencar baseado no livro de José Roberto Alencar Moreira "VIDA E BRAVURA, ORIGENS E GENEALOGIA", com ênfase no grande número de figuras importantes que participaram e contribuíram em vários momentos significativos da História Real do Brasil. Artigo publicado em 17 de maio ode 2010.

              No Brasil não consta Escudo nem brasão de armas, possivelmente porque não tinha ascendência de nobreza em Portugal e nem veio a serviço da Nobreza Portuguesa. Ela imigrou por conta própria , sem tutela do império, pois já possuía Títulos de Nobreza em seus países de origem. Aqui comprou terras e, portanto, não precisando de outros passaportes. Nessa condição estão também as famílias Lutosa e Angelim.




Alencar
"Alencar, outrora Alancar, Alanquar, Alamquer, Alenquer ligado a povoação portuguesa. Considera-se que o nome provém de Alan ( dos alanos) e Kerk ( templo ou igreja). Os Alanos eram povos nômades e guerreiros de origem árabe, da região do atual Irã, em virtude destas guerras acabaram dispersando-se por diversas regiões da África e Europa, e no Século V, d.C - chegaram a Portugal e fundaram pequenos povoados, entre eles a Freguesia de Alenquer ( nome adotado por Dorotéa de Alenquer = Alencar, mãe de Leonel de Alencar Rego, patriarca da Família Alencar no Brasil).

Na Nobiliarquia Portuguesa foi atribuído o título de Baronesa de Alenquer, a Da Moniz de Mendonça da Silva (1578- 1621) e na Nobiliarquia Brasileira o título foi atribuído a D. Francisca de Assis Viana Moniz Aragão (1824- 1897). Esses títulos de nobreza eram dedicados as pessoas que não possuíam quaisquer função pública e que prestavam relevantes serviços a Casa Real, ao Monarca, ao País. A Família Alencar não possui brasão, os brasões encontrados como sendo da Família Alencar, na verdade são plágios dos brasões da Famílias Alancastro e Lancaster.

Martinho Francisco do Rego, nasceu na Província de Minho, Braga, Portugal, foi casado três vezes, a primeira com Domingas Alves com a qual tiveram quatro filhos; a segunda com Maria de São Rafael, com ela teve apenas uma filha; em 2 de Abril de 1682, Maria veio a falecer. Em 23 de Setembro deste mesmo ano, Martinho casar-se novamente, desta feita com a também portuguesa Dorotéa de Alenquer, na Freguesia Freixieiro de Soutelo, ao norte de Portugal, que teve dez filhos- Leonel de Alencar Rego ( patriarca da Família Alencar no Brasil), Marta, João Francisco, Maria, Ricardo, Guiomar, Eugênia, Alexandre, Dalício e Fabião. Martinho Francisco do Rego, chegou a morar em Salvador entre 1650 e 1680, depois retornou a Portugal.
Na segunda metade do Século XVII, A Casa da Torre de Garcia D’Ávila, entidade latifundiária baiana, promoveu a exploração do sertão da Bahia, Pernambuco, Paraíba e Ceará . Dentre estes latifundiários encontrava-se Leonel de Alencar Rego e seus irmãos.
   Os irmãos Leonel de Alencar Rego, João Francisco, Alexandre e Marta, alinharam e combateram os índios expulsando-os de suas terras e fundaram fazendas pelos sertões de Pernambuco. Em 1709, iniciou-se o povoamento das regiões nas encostas sul da Serra do Araripe onde viviam os índios da Tribo Ançu. Do São Francisco, Leonel de Alencar Rego subiu o Riacho da Brígida até as nascentes na Serra do Araripe, chegando primeiramente em Monte Sombrio ( hoje Acaraí), em Várzea, depois Leonel e seus irmãos chegam em Exu, fundam a Fazenda Caiçara, onde tornam-se grandes criadores de gado da Região do Araripe. Depois Alexandre Pereira de Alencar Rego, tornou-se proprietário da Fazenda Bodocó, em Pernambuco; João Francisco Pereira de Alencar, estabeleceu-se em Brejo Seco, no Ceará; Marta de Alencar foi morar no Piauí, onde casou-se. Leonel de Alencar Rego casou-se na Bahia, com uma baiana de Salvador, Maria de Assunção de Jesus e veio morar definitivamente em Exu, na Fazenda Caiçara ou Várzea Grande, que tornou-se célula do atual município de Exu. Caiçara era terra arrendadas à Casa da Torre, então pertencentes ao Coronel Francisco Dias D’Ávila. Até meados do século XVIII, Leonel ainda pagava o arrendamento da Fazenda Caiçara, depois de se tornar proprietário de vasto trecho de terra, Leonel desmembrou sua posse primitiva em outras fazendas, tais como: Araripe, Morro e Caracuri. Leonel de Alencar Rego teve numerosa família que depois migraram para outras cidades de Pernambuco, além do Ceará, Bahia, Piauí e outras cidades brasileiras. Seu filho Joaquim Pereira de Alencar que nasceu na Fazenda Caiçara foi quem herdou a velha fazenda do pai, onde residiu por quase toda vida.

Em 11 de Fevereiro de 1760, nasce na Fazenda Caiçara, aquela que seria a primeira mulher republicana e revolucionária do Brasil, com participação direta na Revolução Pernambucana de 1817, Bárbara Pereira de Alencar, curioso é que ela foi registrada na Freguesia de Cabrobó- PE, com o final “ Alanquer”, outras duas netas de Leonel, Margarida e Francisca foram registradas na mesma Freguesia com o final “ Alanquar”.
   Em 1782, Bárbara de Alencar, casou-se com o capitão português e comerciante do ramo de tecidos na vila do Crato- CE, José Gonçalves dos Santos. Bárbara teve cinco filhos: João Gonçalves de Alencar, Carlos José dos Santos, Joaquina Maria de São José, Tristão Gonçalves Pereira de Alencar e José Martiniano de Alencar ( pai do escritor José de Alencar).
   Em 6 de Março de 1817, eclode a Revolução Pernambucana, onde pernambucanos insatisfeitos com a opressão portuguesa tentam formar uma República Independente. Bárbara de Alencar se envolve na revolução, e mais tarde é presa enquanto tentava fugir do Crato- CE para Campina Grande- PB. Com ela também foram presos, seu filho Tristão Gonçalves e seu irmão Leonel ( que não é o patriarca). Bárbara de Alencar só sai do cárcere em 17 de Novembro de 1821, por ocasião da anistia geral. Em 1823, o filho de Bárbara comanda as tropas que expulsam os portugueses do Maranhão.

   Em 18 de junho de 1822, nascia em Exu-PE, Guálter Martiniano de Alencar do Araripe, O Barão de Exu, título agraciado por decreto do Imperador do Brasil de 15/11/1888. O Barão de Exu era político, sendo eleito diversas vezes deputado províncial por Pernambuco, também era Coronel da Guarda Nacional. O Barão de Exu, faleceu no dia 22 de Julho de 1889.

   Em 1824, durante os conflitos provocado pelo movimento revolucionário denominado de Confederação do Equador, na Província de Pernambuco e estendida a outras Províncias do Nordeste, morre numa emboscada no Vale do Jaguaribe, no Ceará, dois filhos de Bárbara de Alencar, Tristão Pereira de Alencar e Carlos José dos Santos.

   Em 1º de Maio de 1829, nasceu em Messejana, no Ceará, José Martiniano de Alencar, um dos maiores romancistas do Brasil. José de Alencar também era jornalista, político, advogado e dramaturgo; ele era filho do senador da Província do Ceará, José Martiniano Pereira de Alencar, filho de Bárbara de Alencar. José de Alencar, veio a falecer no Rio de Janeiro em 12 de Dezembro de 1877.

Em 18 de Agosto de 1832, morre aos 72 anos, velha e bastante doente na Fazenda Alecrim, em Fronteiras no Piauí, Bárbara Pereira de Alencar, mas ela foi sepultada em Campos Sales, no Ceará.
A saga dos “Alencar” seguem fazendo história neste Brasil Contemporâneo alguns nomes bem quisto, outros nem tanto, citemos alguns nomes: Miguel Arraes de Alencar, Marechal Humberto Castelo Branco, Humberto Alencar, Alencar Furtado,entre outros. É bom deixar bem claro, que algumas pessoas adotaram o “Alencar” sem fazer parte da árvore genealógica da Família Alencar, e sim, para homenagear alguns personagens históricos da família, como por exemplo, o romancista José de Alencar. Existem outros casos, em que as pessoas fazem parte da família, principalmente as do sexo feminino, que ao se casarem, excluem o “Alencar” de seu nome e adotam o da família de seu cônjuge."

Texto: Jânio Odon de Alencar
Fonte: Wikipédia, Site de Aráujo Alencar e Diário de Pernambuco.

http://vozesdazonanorte.blogspot.com.br/2010/09/postagem-em-desenvolvimento.html





Postagens Relacionadas
Anterior
« Anterior
Proxima
Proxima »