SOCIEDADE GRANDE, POLÍTICA NANICA!

            


           Hoje, o Brasil é maior do que a cabeça de seus dirigentes.  As manifestações das ruas expressaram
 a intolerância da falta de representatividade da população. Para reverter o quadro é necessário fazer projetos sociais de grande impacto, com urgência e agilidade.  Outra providência é controlar a economia com base no tripé da estabilidade da inflação, do câmbio e controle do gasto público.


             “O País melhorou, mas o governo – Executivo, Legislativo e Judiciário - não acompanhou a sociedade e nem fez jus ao volume e a eficácia da arrecadação de impostos no Brasil”, disse Alain Belda.
             Na opinião de Belda, democracia direta (manifestações das ruas) não resolve problemas de má gestão da administração pública, mas serve para dar um “basta”, até porque no Brasil há desconexão entre representantes e representados, assim sendo há necessidade  de manifestações para chamar a atenção.  A falta de infra-estrutura, de serviços  públicos de qualidade, loteamento do País  e do orçamento em 39 ministérios constitui mensalão legalizado.  Como se não bastasse, soma a tudo isto a corrupção, a insegurança e a impunidade que, além de revoltar a população, foi o estopim do “basta!” das ruas.
            A economia teve bons momentos, só que não foi aproveitado. A grande melhora  macroeconômica do Brasil ocorreu a partir de  2010, milhares de pessoas  se tornaram consumidoras, o que dinamizou o capitalismo e reforçou as instituições política. Hoje a situação é outra, o governo interferiu muito na economia e não conseguiu resultados positivos. Porém, é preciso interferir menos, mas com eficiência e agilidade. A população  evoluiu  e está  a frente das decisões dos dirigentes.  Não é mais possível governar nos padrões dos anos de 1.970 a 1.980, com intervenções diárias e incorretas.  A sociedade cresceu, mas a cabeça dos governantes não.  O País necessita urgente de projetos sociais de grande impacto em longo prazo, de logística, educação e saúde.  O único avanço positivo foi em relação à arrecadação de impostos, o restante da máquina administrativa não funciona.
               Para enfrentar  o  problema econômico brasileiro desde FHC a Dilma Rousseff a orientação é a aplicação do tripé da estabilidade da inflação, do câmbio e controle do gasto público.  Em 2004 a China importou muita matéria prima do Brasil que, naquele momento, se transformou em mais arrecadação e mais transferência de recursos.  Foi neste período que houve aumento de 40 milhões de consumidores internos, o que proporcionou ao país reduzir o endividamento do governo e, simultaneamente, fazer reservas.
              Quase todos os governos convidam empresários para participar da administração pública, porém a proposta é recusada porque as gestões são diferentes.  Enquanto a empresa privada busca eficiência, dinamismo e lucro; a pública substitui esses objetivos por favores políticos e compromissos de campanha, admitindo pessoas desqualificadas para  cargos estratégicos e importantes na administração pública e, como consequência, multiplicação de prejuízos.
              Há dez anos o Brasil não pertencia ao cenário internacional e ainda hoje não está presente.  Deixou os Estados Unidos com mercado de 14 trilhões de dólares e a Europa com mercado de 16 milhões de euros para perder tempo com o MERCOSUL, formado por países como Argentina e Venezuela, os quais não conseguem alavancar a própria economia.  O objetivo dos governantes deveria ser de fazer o País crescer e torná-lo competitivo. É a única forma de garantir salários e desenvolvimento social.
Fonte: Revista época, 1 de julho/ 2013
Categoria:  Opinião
Postado por:   Lucineide Clara de Alencar Barros

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