CRISE ECONÔMICA

                   
  Postado por Lucineide Clara de Alencar Barros










          O entrevistado é DARI DE OLIVEIRA, Secretário Adjunto da Secretaria de Turismo, Indústria e Comércio de Vilhena.  Reside em Vilhena há mais de 30 (trinta) anos, já foi titular de diversos cargos públicos do município, bem como do Estado de Rondônia. É uma pessoa ligada ao setor produtivo, tanto em Vilhena como no Estado.  

 "Em Vilhena não há crise econômica”, afirma Dari de Oliveira.  O que ocorreu foi que não houve geração de emprego na mesma proporção do aumento população. A realidade de Vilhena com solo formado por campos e serrado é propícia ao agronegócio, diferente da região central do Estado, onde a agricultura é constituída por pequenos e médios agricultores, os quais movimentam e fortalecem o comércio. Além disso, a distancia entre uma cidade e outra é de 40 a 100 quilômetros,. Este conjunto de fatores atrai muitos empreendedores que vêm, ali, possibilidade de expandir os negócios com diminuição de custos. Porém, Vilhena vai reagir, para os próximos anos será incrementado o desenvolvimento da agroindústria, e incentivos para aumentar a área produtiva de 50 mil para 100 mil hectares e assim dobrar a produção.


1- Qual a sua opinião sobre a falta de empreendedores no setor industrial e comercial de Vilhena?
    Não seria a falta de empreendedores, acontece que nos últimos anos houve grande migração de parte da população de cidades vizinhas e também de outras localidades para Vilhena e isto causou impacto no desenvolvimento da cidade, com reflexo de crise, porque a geração de empregos não acompanhou a necessidade da população. Este processo migratório entre cidades já é conhecido no país; uma cidade polo com atrativos melhores tanto atrai novo moradores como esvazia cidades vizinhas, tornando-as coloniais.  Tanto é verdade que, hoje, Vilhena está com 50 mil eleitores e Colorado D’Oeste com menos de 15 mil votantes.  Infelizmente, desemprego, problemas sociais generalizados são os ônus de cidades que se tornam polos.  

2- Como o senhor avalia a desistência de empresas que tentam se instalar em Vilhena e por fim vão para outros municípios como Cacoal e JI Paraná?
Isto se explica pelo fato de Vilhena ter características de serrado e de campo, onde sua aptidão é o agronegócio e a fonte de emprego urbano é mais focada em serviços. Esta é a nossa realidade devido à característica do solo;  diferente região central do Estado em que a cultura é formada por pequenos e médios agricultores. E também, onde há aglomeração de pequenas cidades proporcionando logística melhor aos negócios. Entretanto, as empresas voltadas ao agronegócio tem preferência por Vilhena, têm sede aqui. Agricultores de todo o Estado vêm fechar negócios em Vilhena.
  
3- Desde o ano passado está havendo encolhimento do setor produtivo. Qual a causa do reducionismo econômico em Vilhena?
Não está havendo. A agricultura de Rondônia é altamente produtiva, com 5 (cinco) milhões  de sacas  ao ano. As principais culturas são: de milho, soja, arroz e carne.  A produção de carne é razoável, mas vem aumentando gradativamente. O reflexo da crise é a explosão populacional.


4- O que o Município tem feito em favor do empreendedor?
O município tem oferecido incentivos, como distribuição de terrenos no setor industrial. Porém, nem todos os projetos foram concluídos. Hoje este tipo de incentivo é feito com mais cautela, considerando a viabilidade e a efetivação da atividade. O município ofereceu outros incentivos pertinentes a sua administração. Mas vale ressaltar que não legisla sobre tributos Estaduais.

5- Qual a perspectiva de desenvolvimento econômico a curto e longo prazo? Como? 
Para os próximos anos, o objetivo é incrementar o desenvolvimento da agroindústria; incentivar o aumento da área de plantio, hoje, de 50 mil hectares com produção de 5 (cinco) milhões  de sacas , para 100 mil hectares e assim  dobrar a  produção de grãos.

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