DEPENDÊNCIA QUÍMICA





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DEPENDENTE QUÌMICO DO PONTO DE VISTA
         EMOCIONAL- PSIQUIÁTRICO -  ESPIRITUAL
                                      OS JOVENS COM DIFICULDADES EM RELACIONAMENTO SOCIAL ENCONTRAM NAS DROGAS A SOLUÇÃO PARA SUA TIMIDEZ.  MAS É NA ADOLECÊNCIA, POR FORÇA DA DEPENDÊNCIA EMOCIONAL QUE COMEÇAM A CONSUMIR DROGAS LÍCITAS COMO ÁLCOOL E CIGARRO, PONTE PARA AS DROGAS PESADAS, E TAMBÉM PARA A DEPENDÊNCIA QUÍMICA.

                  Uma pessoa se torna dependente químico quando começa sentir falta e necessidade de drogas para preencher uma sensação exigida pelo próprio organismo 
                    João Lourenço, médico psiquiatra, relata que a dependência química é caracterizada pela medicina como uma doença qualquer.  Ela já nasce com o ser humano, tem herança genética, e também é classificada como biológica, social, psicológica e espiritual.
                    Lourenço diz que o indivíduo já nasce com predisposição à doença, não nasce com a doença. Se desenvolver comportamento que se expõe às drogas, vai ter que usá-las porque acionar a predisposição latente, tornando-a imanente e, consequentemente, vai apresentar os primeiros sintomas da doença.  
                  Segundo Lourenço, não há diagnóstico para identificar a dependência química com exames laboratoriais, psicológicos e nem histórico da vida social. Os exames médicos não detectam no sangue, no cérebro ou em outra parte do corpo a confirmação de dependência química. A psicologia também não tem como detectar, assim como nenhum exame neurológico confirma a dependência química, conclui João Lourenço.                   
                  Lourenço diz que toda doença tem sua história natural, assim como a verminose resulta do mecanismo mão contaminada e boca, a dependência química também tem uma história natural, dividida em três etapas: A primeira etapa é denominada de social, quando o adolescente apresenta dificuldade de entrosamento com os colegas devido à timidez. É neste momento que recorre às substâncias químicas, acreditando que terá melhor desempenho social, porque perdeu a timidez.  O ingresso às drogas pesadas começa através das drogas lícitas. Inicia-se com bebidas alcoólicas sob a influência de propagandas, as quais atingem jovens, crianças e adultos.  “A sensação inicial do consumo de substância química pode ser algo bom, porque o usuário busca nas drogas aquilo que não encontra em si mesmo, na alma, a força necessária para reagir. É solução ilusória, que mais tarde pode ser constatada com a dependência química”, afirma Izaias Claro, escritor e orador espírita.                   
                Lourenço diz que a segunda etapa é a manifestação da dependência química, o efeito do consumo de drogas não é só desembinidor é eufórico. Esta fase sinaliza o desenvolvimento da doença. Agora há necessidade de dose cada vez maior, ou misturar drogas para se consegui o mesmo efeito. É o que se denomina de tolerância El Químico. Devido à mistura de drogas aparecem os primeiros sintomas de lesão cerebral, conhecido como apagamento ou os blecautes. Isto acontece quando em festinha cheira, bebe, fuma tudo o que tem direito e acaba em um hospital, ou é levado para casa e só acorda depois de três dias e não se lembra de nada.  Enquanto que na primeira etapa (desinibidora) era de euforia, alegria, também denominada da fase do macaco; nesta fase devido ao comportamento violento foi denominada de fase do leão, por causa das brigas em casa. Os membros familiares querem ajudar, mas o dependente químico reage com violência em função da lesão cerebral. “O dependente químico de álcool, drogas, seja qual for à droga usada, altera a personalidade, muda para pior”, acrescenta Danilo Vilela, Dir. de Ação Social.
            Segundo Lourenço, a terceira etapa é a manifestação da dependência química propriamente dita. Nesta etapa é necessária certa quantidade de droga no sangue, se não começa a passar mal, ou por abstinência como os alcoólicos, ou por fisura como o pessoal que usa drogas que exitam o cérebro. Eis o momento para iniciar o tratamento das lesões, caso contrário evolui o quadro para psiquiátrico, psicose por álcool e drogas. Neste estágio começa a derrocada social, ou seja, já não consegue manter o trabalho, a escola, e nem a família. Esta é a história natural da dependência química. São três etapas: do macaco, porque fica alegre; do leão, por causa da agressividade e do porco, porque perde totalmente a dignidade humana.
                        Delma Franco, psicóloga, lembra que as drogas sempre existiram no passado. Não adianta recriminar, ou agir com violência. O que tem a fazer é olhar e transcender a questão.  E, sim, o importante é a compreensão, a consciência da causa, a consciência do por que do aparecimento disto no sistema familiar e os possíveis caminhos de equilíbrio novamente. Porque há um desequilíbrio no sistema familiar.

DEPENDENTE QUÍMICO É DEPENDENTE EMOCIONAL

                        Lourenço relata que experiência de abuso, de conflito e abandono desenvolve comportamento de dependência emocional. Cita exemplo de uma mãe pobre e viúva que tem que deixar os filhos sozinhos em casa para trabalhar. Esta mãe ordena ao filho mais velho, de 8 anos, que cuide dos outros irmãos menores. A criança deixa de brincar para se tornar um adulto. Isto é um abuso emocional, cometido pela mãe, não por maldade. Com passar do tempo, quando for adulta sabe que não pode contar com a proteção do pai e nem da mãe, sente-se abandonado pela realidade dos fatos. Então começa trabalhar certas emoções que são normais nos seres humanos de maneira não adequada como: a raiva, a culpa, o medo e a necessidade de poder e de controle. Esta situação a leva ao desgaste porque nunca encontrou  um lugar seguro.  Consequentemente fica vulnerável para sofrer novos abusos e novos abandonos, até atingir um processo de sofrimento intenso. Diante disto buscar socorro e encontra alívio em substâncias químicas psicoativas: álcool, drogas, calmantes; ou busca alívio em comportamento compulsivo como sexo, trabalhar compulsivamente, comer compulsivamente, atitudes que lhe dão sensação de prazer, mas que na realidade é uma compensação da dor.   “A dependência emocional é o pano de fundo de todo dependente químico. Ele transfere esta dependência para dependência de drogas, mas é depende emocionalmente de coisas, de pessoas e de lugares. Esta é a parte psicológica da doença,” conclui.                                         
                      Segundo ele, devido à dependência emocional, todos os mecanismos de defesa egoícos, psicologicamente falando, são usados para negar a doença. Mas, isto não é feito de maneira ativa e consciente. O dependente químico não percebe que é doente por mecanismo inconsciente do seu aparelho psíquico, é diferente da mentira, ele não sabe o que esta acontecendo, porque nega com convicção  e isto é um processo inconsciente.
                       É contagioso?  Não é contagioso, não é uma doença viral. Se tomar café em um copo utilizado por um dependente químico, não se torna dependente químico. Porém, a convivência com dependente químico pode levar familiares, amigos, colegas de trabalho a um  comportamento de  codependência; que é  uma dependência emocional  do comportamento do dependente químico. Na tentativa de controlar o comportamento compulsivo por uso de drogas do dependente, os que convivem com ele, desenvolvem comportamento de dependência emocional.   
                        A psicóloga Delma Franco diz que o dependente químico, em muitas famílias, se torna fiel depositário ou bode expiatório. Tudo recai sobre ele, porque é um dependente químico. Depositam nele sua carência e dificuldades. Quando aparece a dependência química em uma família precisa analisar todo o sistema.   
                               
COMO LIDAR COM O DEPENDENTE QUÍMICO?
                                Lourenço diz que para iniciar o tratamento depende da aceitação do dependente químico.  Dependendo da fase em que ele se encontra é possível abordar e conscientizá-lo de que é portador de uma doença, ou que ela está se manifestação. E depende só dele querer a interrupção da doença, buscando tratamento adequado. Porém, como está na fase de agressão, totalmente dominado pela dependência química, não é só uma dependência psicológica, mas física. Nestes casos a abordagem é um pouco mais incisiva e um pouco mais enérgica.
                                Nesta fase, a medicina utiliza metodologias específicas para tratamento de dependente químico que está totalmente dominado, está na vala social, não toma banho, vive pelas ruas, vende as coisas, pode até ter caído na criminalidade entre roubar e se prostituir. Isto significa a perda espiritual, dos valores éticos e morais mais nobres da vida.  Nesta etapa, o dependente químico está em risco de vida, bem como todas as pessoas que estão a sua volta. Quando chega a este ponto, a internação é involuntária, pode chamar o serviço de resgate especial para levá-lo. Outra situação é quando é diagnosticado um caso de extrema periculosidade pelo serviço social; nestas circunstâncias, o juiz determina o tratamento e nenhum médico pode negar a internação compulsória. É uma situação limite em que o dependente químico perdeu totalmente a capacidade de perceber a gravidade em que se encontra. Antes de chegar a este ponto existem várias coisas que podem ser feitas: uma prevenção primária para evitar que novos casos aconteçam; uma prevenção secundária que trate assim que identificou que a pessoa entrou no uso compulsivo de substâncias químicas.
Fonte: Programa Transição 14/04



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1 comentários

7 de outubro de 2013 às 22:07

Bom para esta pessoa! Deve ter a vida bem resolvida, satisfeita e é feliz.

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